sábado, 8 de junho de 2013

Cronica de uma ressuscitação anunciada



Numa madrugada chata
como aliás são todas
para uma inquieta defunta,
um bode parco em fodas 

cruza a minha penúltima morada.

Diz o bode:
"são quatro da manhã e  passo para dizer
que não quero que fiquemos brigados sem ser amigos"

ao ouvir isto a defunta julga estar a sonhar pois que estando morta nada pode ouvir.
assim volta-se para o lado e mantem-se defunta

Continua porem o bode:
"Não é boa hora não te quero estragar a morte por ser tão tarde a passar por aqui
e sem ilusões para os dois, mas quero que percebas uma coisa boa has de ser sempre a defunta, a morte as vezes corre bem outras mal a gente sempre havemos de entender ouviste?"


 
Indignada a pasma defunta não aguenta e interrompe a sua morte...ressuscitando





 

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