Num raro momento de libertinagem e pura provocação, ela inclinou-se para a frente, falando-lhe perto do ouvido em voz baixa, serena e sensual, adoptando uma posição estratégica para que ele, em querendo, pudesse lançar o olho às suas duas amiguinhas. Foi então que, tal qual cheiro a skatole húmida, o bafo a atingiu: ele cheirava MUITO mal da boca, o ar que expirava lembrava uma mistura horrível de bafo de bode com caganitas de rato... Ela teve, então, um vislumbre de lucidez aromática e percebeu que ele não tinha sido, afinal, generoso (antes interesseiro), quando, minutos antes, lhe ofereceu a pastilha que ele julgaria que minutos mais tarde lhe refrescaria o hálito.
Meninos, lavai os dentes, por favor. Não há gaja que, por muito desesperada que esteja, aguente boca de esgoto. Sim, pois, e essa cena das pastilhas e tal é mesmo publicidade enganosa.
Adoro os desenhos da tua filha mais nova.
ResponderEliminarTransmitirei, com agrado, o teu recado à minha mai nova. Não sei é se ela vai entender, é que ainda é bebé pequenina. E eu já perdi a capacidade de traduzir...gu gu dá dá, será? ;-)
ResponderEliminareu não mantinha lá a cena do skatole...poucos sabem o que é...e os que sabem conhecem-se :)
ResponderEliminarElisa Andrade e Meirelles de Pinhão da Mata
Sabes, não consigo evitar este sentimento de que o teu blog é uma espécie de Júlio de Matos por escrito.
ResponderEliminarJulgo que esse sentimento é contagioso e poderá a tornar-se pandémico ainda que endémico :)
EliminarEstamos, portantos, no bom caminho. É que é exactamente isso que se pretende. Mas, na verdade, não sei se conseguiríamos fazer direrente...
ResponderEliminarPlágio digo eu!!! Esse texto é do romance "Perfume"
Eliminarahahaha! Mui bueno!
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